De cabeça e ouvidos abertos


Música, como em qualquer setor da nossa vida, depende das escolhas que fazemos. Não há problema algum em você optar por ser aquele que aprecia o estilo que for de música. Problema há quando você se atém à exclusividade, fechando os olhos – e os ouvidos – para o que acontece além daquilo que você decidiu ser o seu único gosto cabível na sua percepção musical.

Há muitos músicos talentosos por aí, colaborando com compositores inspirados, ou eles mesmos sendo os compositores de suas obras. Não importa mais o instrumento... O instrumentista também pode ter seu próprio trabalho e composto por suas próprias obras musicais.

Com a internet, as opções são tantas que melhor nem mesmo se atrever a contabilizar. E com tantas opções disponíveis, a ideia de exclusividade no gosto, que já era um tanto equivocada, torna-se completamente avessa à liberdade de apreciarmos boa música.

É por conta dessa liberdade que podemos conhecer alguns músicos excepcionais, como Renato Martins, percussionista brasileiro, hoje residente em Bruxelas, que já passou por vários estilos até encontrar o seu próprio, porque não há como defini-lo, principalmente por ele estar em constante processo de transformação.

O que continua o mesmo é o seu talento para fazer o Udu cantar. Na Clínica Criativa Novos Caminhos, que apresentou no IBVF – Instituto de Bateria Vera Figueiredo, no dia 11 de agosto, Renato tocou no Udu a introdução do tema de Missão Impossível. E ele também toca, no Udu, o Hino Nacional.

Não é apenas no Udu que o talento de Renato se mostra. Ao tocar o cajon e a cajita, ele consegue aproveitar a sonoridade dos instrumentos a favor do seu rico vocabulário.

Não é preciso ser percussionista para apreciar a música de um percussionista. E Renato Martins vale a pena ser apreciado. Abrir a cabeça para o que o meio musical está oferecendo é também surpreender-se, constantemente, com talentos como ele.

Trechos da apresentação de Renato Martins no IBVF
   

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